Resenha feita pela Lúcia!
Autor: Kiera Cass
Editora: Marcador
Editora: Marcador
Páginas: 292
Ano: 2014
Ano: 2014
Se tem uma série que desde o seu lançamento angariou uma legião de fãs, essa série foi "A Seleção". Conta uma América distópica onde o povo está a tentar viver nas condições que são oferecidas pelo que a monarquia oferece, há também uma história de amor pronta para ser narrada. Confesso que mesmo tendo toda esta premissa maravilhosa, tive muito receio de não gostar do que encontraria. Mas que medo estúpido eu tive...
Sinopse:
America Singer nunca pensou o quanto a divisão de castas podia ser injusta, mas quando se apaixona por Aspen, um jovem trabalhador da Seis, ela sabe que será preciso muito mais que amor para que o relacionamento deles vá além de encontros casuais na casa da árvore e um beijo roubado. Além da difícil tarefa de manter em segredo o seu namoro, ela ainda tinha que lidar com a sua mãe. America não entendia porque entre cinco filhos ela era a que mais recebia cobranças, porém, o que já era complicado fica pior, pois ao receber a carta que a convidava a participar da Seleção, um processo que iria escolher a futura esposa do príncipe Maxon, a sua mãe passa a infernizar-lhe a vida. Certa de que não teria nenhuma chance naquele concurso, após muitos apelos ela cede e faz a sua inscrição e qual foi a sua surpresa quando dias depois o seu nome é anunciado como uma das Selecionadas. Se antes o seu mundo se resumia a música e a Aspen, agora ela terá que enfrentar a cruel realidade de uma disputa não só pelo coração do príncipe, como também, pela coroa.
Maxon sentia todos os dias o peso que o seu título de príncipe trazia. As pessoas certamente o julgavam mal e achavam que a sua vida era fácil e que ele não tinha que se esforçar para ocupar o seu papel na realeza. Entretanto, com todos os seus passos projetados pela figura autoritária do pai, pouco restava de liberdade para que ele fizesse suas próprias escolhas. A Seleção era a sua única chance de encontrar alguém com que pudesse ter um relacionamento verdadeiro, pelo menos ele não seria obrigado a casar para fazer uma aliança política como muitos herdeiros de tronos pelo mundo tiveram que fazer. Por isso, a sua atenção estava totalmente para o concurso, ele não poderia perder a chance de encontrar alguém que pudesse tornar a sua vida de futuro rei mais significativa. Quando conhece as 35 raparigas que disputariam a sua atenção, a sua rotina tornasse cheia e conturbada. São tantas mulheres querendo impressiona-lo que por vezes ele não consegue identificar as verdadeiras intenções de cada uma delas, porém, ao conhecer America ele finalmente tem um sopro de sinceridade.
"A Seleção" é o primeiro livro da série que leva o mesmo nome e foi escrito por Kiera Cass, publicado em Portugal em 2014 quando os livros distópicos estavam no auge, logo a história conquistou milhares de leitores por trazer um cenário político permeado por um romance.
Demorei a permitir que a minha curiosidade influenciasse nesta leitura, os elogios que li foram tantos e a onda de leitores empolgados foi tão grande que optei por esperar um pouco para que eu pudesse conferir qual o encanto que se escondia por trás das palavras da Kiera. E o ano passado foi o ano que eu escolhi para finalmente ler a série e "oh, my godness!", eu adorei o que encontrei! Escrito de maneira simples, mas com muita fluidez, a construção das personagens é de longe o ponto mais forte de toda a série.
Tendo como protagonista America, uma rapariga que apesar de todo o talento vive em condições difíceis em decorrência do sistema de castas implementado em Illéa, somos levados a vivenciar uma verdadeira avalanche de sentimentos e situações. Forte e corajosa, pode-se perceber que ela tenta com todas as suas forças superar as dificuldades que lhes são apresentadas. Sendo o primeiro livro da série, é natural que boa parte dele seja dedicado a esmiuçar a sua vida antes e depois da Seleção. Particularmente, achei que ela teria mais dificuldades em enfrentar a sua nova realidade, mas apesar do choque inicial e de momentos em que se sentia triste e sozinha, achei que ela encarou a situação de uma maneira encantadora. Ainda mais se levarmos em consideração o seu coração partido e a rivalidade latente entre as candidatas a ficar com o príncipe. Outra coisa que eu gostei muito foi a abertura que ela teve ao tentar fazer amizade com as outras raparigas que ela compartilharia boa parte do seu tempo e é a partir disso que nasce uma relação linda entre ela e a Marlee.
Uma coisa que adorei observar foi a relação entre Maxon e as selecionadas, pois apesar da sua relativa reserva, era notável como ele realmente desejava encontrar entre aquelas raparigas um amor. É através dele que vemos que nem tudo na vida de uma realeza é fácil, ainda mais sendo um herdeiro. Como ele pouco conhece o que acontece fora dos muros do castelo é perceptível uma certa ingenuidade por parte dele que vai sendo diminuída conforme ele tem contacto com a America.
Entrando no tema político, gostei muito da proposta da autora, pois em um futuro distante ela apresenta-nos uma república democrática que retrocedeu e se tornou uma monarquia. Pouco se sabe a respeito de como as coisas aconteceram e os factos são narrados boca a boca o que gera certa desconfiança acerca de como foi a ascensão da família que se mantém no poder. Um ponto importante é que já em "A Seleção" podemos perceber um desejo de insurreição partindo por parte dos populares, mas isso é ainda melhor trabalhado em "A Elite".
Este é o típico livro que me faria estar acordada a noite toda facilmente. Ele tem todos os elementos que eu gosto numa história distópica apesar de pender um pouco mais para o romance. Posso dizer previamente que isso é algo recorrente na trilogia, pois já terminei a leitura dos três livros, mas que neste volume não me incomodou de forma alguma. Kiera Cass soube criar um cenário harmonioso e que faz com que as raparigas realizem o desejo de se imaginarem princesas através da experiência de America. E se vocês, assim como eu, nutrem algum tipo de dúvidas em relação ao livro por ele ter figurado tanto tempo na lista de best-sellers, não temam a leitura de "A Seleção", pois apesar de ter contornos despretenciosos há mensagens subliminares muito interessantes para serem refletidas. Em uma palavra? Adorei!
Sinopse:
"Para trinta e cinco raparigas, A Seleção é a oportunidade de uma vida. É´a possibilidade de escaparem de um destino que lhes está traçado desde o nascimento, de se perderem num mundo de vestidos cintilantes e jóias de valor inestimável e de viverem num palácio e competirem pelo coração do belo Príncipe Maxon. No entanto, para America Singer, ser selecionada é um pesadelo. Terá de virar as costas ao seu amor secreto por Aspen, que pertence a uma casta abaixo da sua, deixar a sua família para entrar numa competição feroz por uma coroa que não deseja, e viver num palácio constantemente ameaçado pelos ataques violentos dos rebeldes. Mas é então que America conhece o Príncipe Maxon. Pouco a pouco, começa a questionar todos os planos que definiu para si mesma e percebe que a vida com que sempre sonhou pode não ter comparação com o futuro que nunca imaginou. 35 candidatas. Apenas uma coroa."
Autor:
Kiera Cass cresceu na Carolina do Sul e é formada em História pela Universidade de Radford. Atualmente, vive com a sua família em Christiansburg, na Virgínia, EUA.
A trilogia A Seleção colocou-a no primeiro lugar da lista de livros mais vendidos do The New York Times.
Nos tempos livres, gosta de ler, dançar, fazer vídeos e comer quantidades excessivas de bolos.
Opinião:
Para trinta e cinco raparigas, a "Seleção" é a chance de uma vida. Num futuro em que os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne raparigas de dezasseis e vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e jóias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha. Para America Singer, no entanto, uma artista da casta Cinco, estar entre as Selecionadas é um pesadelo. Significa deixar para trás Aspen, o rapaz que realmente ama e que está uma casta abaixo dela. Significa abandonar a sua família e o seu lar para entrar em uma disputa por uma coroa que ela não quer. E viver num palácio sob a ameaça constante de ataques rebeldes. Então America conhece pessoalmente o príncipe. Bondoso, educado, engraçado e muito, muito charmoso, Maxon não é nada do que se poderia esperar. Eles formam uma aliança, e aos poucos, America começa a refletir sobre tudo o que tinha planejado para si mesma - e percebe que a vida com que sempre sonhou talvez não seja nada comparada ao futuro que ela nunca tinha ousado imaginar.
America Singer nunca pensou o quanto a divisão de castas podia ser injusta, mas quando se apaixona por Aspen, um jovem trabalhador da Seis, ela sabe que será preciso muito mais que amor para que o relacionamento deles vá além de encontros casuais na casa da árvore e um beijo roubado. Além da difícil tarefa de manter em segredo o seu namoro, ela ainda tinha que lidar com a sua mãe. America não entendia porque entre cinco filhos ela era a que mais recebia cobranças, porém, o que já era complicado fica pior, pois ao receber a carta que a convidava a participar da Seleção, um processo que iria escolher a futura esposa do príncipe Maxon, a sua mãe passa a infernizar-lhe a vida. Certa de que não teria nenhuma chance naquele concurso, após muitos apelos ela cede e faz a sua inscrição e qual foi a sua surpresa quando dias depois o seu nome é anunciado como uma das Selecionadas. Se antes o seu mundo se resumia a música e a Aspen, agora ela terá que enfrentar a cruel realidade de uma disputa não só pelo coração do príncipe, como também, pela coroa.
Maxon sentia todos os dias o peso que o seu título de príncipe trazia. As pessoas certamente o julgavam mal e achavam que a sua vida era fácil e que ele não tinha que se esforçar para ocupar o seu papel na realeza. Entretanto, com todos os seus passos projetados pela figura autoritária do pai, pouco restava de liberdade para que ele fizesse suas próprias escolhas. A Seleção era a sua única chance de encontrar alguém com que pudesse ter um relacionamento verdadeiro, pelo menos ele não seria obrigado a casar para fazer uma aliança política como muitos herdeiros de tronos pelo mundo tiveram que fazer. Por isso, a sua atenção estava totalmente para o concurso, ele não poderia perder a chance de encontrar alguém que pudesse tornar a sua vida de futuro rei mais significativa. Quando conhece as 35 raparigas que disputariam a sua atenção, a sua rotina tornasse cheia e conturbada. São tantas mulheres querendo impressiona-lo que por vezes ele não consegue identificar as verdadeiras intenções de cada uma delas, porém, ao conhecer America ele finalmente tem um sopro de sinceridade.
"A Seleção" é o primeiro livro da série que leva o mesmo nome e foi escrito por Kiera Cass, publicado em Portugal em 2014 quando os livros distópicos estavam no auge, logo a história conquistou milhares de leitores por trazer um cenário político permeado por um romance.
Demorei a permitir que a minha curiosidade influenciasse nesta leitura, os elogios que li foram tantos e a onda de leitores empolgados foi tão grande que optei por esperar um pouco para que eu pudesse conferir qual o encanto que se escondia por trás das palavras da Kiera. E o ano passado foi o ano que eu escolhi para finalmente ler a série e "oh, my godness!", eu adorei o que encontrei! Escrito de maneira simples, mas com muita fluidez, a construção das personagens é de longe o ponto mais forte de toda a série.
Tendo como protagonista America, uma rapariga que apesar de todo o talento vive em condições difíceis em decorrência do sistema de castas implementado em Illéa, somos levados a vivenciar uma verdadeira avalanche de sentimentos e situações. Forte e corajosa, pode-se perceber que ela tenta com todas as suas forças superar as dificuldades que lhes são apresentadas. Sendo o primeiro livro da série, é natural que boa parte dele seja dedicado a esmiuçar a sua vida antes e depois da Seleção. Particularmente, achei que ela teria mais dificuldades em enfrentar a sua nova realidade, mas apesar do choque inicial e de momentos em que se sentia triste e sozinha, achei que ela encarou a situação de uma maneira encantadora. Ainda mais se levarmos em consideração o seu coração partido e a rivalidade latente entre as candidatas a ficar com o príncipe. Outra coisa que eu gostei muito foi a abertura que ela teve ao tentar fazer amizade com as outras raparigas que ela compartilharia boa parte do seu tempo e é a partir disso que nasce uma relação linda entre ela e a Marlee.
Uma coisa que adorei observar foi a relação entre Maxon e as selecionadas, pois apesar da sua relativa reserva, era notável como ele realmente desejava encontrar entre aquelas raparigas um amor. É através dele que vemos que nem tudo na vida de uma realeza é fácil, ainda mais sendo um herdeiro. Como ele pouco conhece o que acontece fora dos muros do castelo é perceptível uma certa ingenuidade por parte dele que vai sendo diminuída conforme ele tem contacto com a America.
Entrando no tema político, gostei muito da proposta da autora, pois em um futuro distante ela apresenta-nos uma república democrática que retrocedeu e se tornou uma monarquia. Pouco se sabe a respeito de como as coisas aconteceram e os factos são narrados boca a boca o que gera certa desconfiança acerca de como foi a ascensão da família que se mantém no poder. Um ponto importante é que já em "A Seleção" podemos perceber um desejo de insurreição partindo por parte dos populares, mas isso é ainda melhor trabalhado em "A Elite".
Este é o típico livro que me faria estar acordada a noite toda facilmente. Ele tem todos os elementos que eu gosto numa história distópica apesar de pender um pouco mais para o romance. Posso dizer previamente que isso é algo recorrente na trilogia, pois já terminei a leitura dos três livros, mas que neste volume não me incomodou de forma alguma. Kiera Cass soube criar um cenário harmonioso e que faz com que as raparigas realizem o desejo de se imaginarem princesas através da experiência de America. E se vocês, assim como eu, nutrem algum tipo de dúvidas em relação ao livro por ele ter figurado tanto tempo na lista de best-sellers, não temam a leitura de "A Seleção", pois apesar de ter contornos despretenciosos há mensagens subliminares muito interessantes para serem refletidas. Em uma palavra? Adorei!
Boa leitura!
Até ao próximo post!
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