quinta-feira, 26 de maio de 2016

Resenha: American Horror Story, Murder House (1ª Temporada)

Resenha feita pela Lúcia!
Título: American Horror Story - Murder House

Produtores: Ryan Murphy e Brad Falchuck
Género: Terror, Drama, Suspense e Fantasia
Tempo: 39-63 minutos
Ano: 2011

O Halloween passou, mas vocês já pararam para pensar no que esta data realmente inspira. Tantas abóboras, bruxas, etc e tal. E o medo? Doçuras ou travessuras? E se vocês vivessem aprisionados a um lugar que só poderiam sair justamente no dia do Halloween e voltar antes do amanhecer? Imagine a saudade das pessoas que ama? Imagine não ver o mundo lá fora? Os avanços, os atrasos, o tempo. Tais coisas fazem-te refletir sobre a liberdade. Acha impossível? Bem-vindo à primeira temporada de American Horror Story



“Pessoas normais assustam-me.”


A primeira temporada tem como temas a infidelidade, o amor, a família, e o perdão. A série passa-se em 2011, seguindo a família Harmon do psiquiatra Ben (Dylan McDermott), a esposa Vivien (Connie Britton), e a filha adolescente Violet (Taissa Farmiga). Vivien tem um aborto, e após descobrir que o marido tinha uma amante tiveram uma discussão e decidiram dar uma nova oportunidade ao relacionamento e tentar recomeçar noutro lugar e é então que eles mudam-se de Boston para Los Angeles. Os Harmons mudam-se para uma mansão restaurada e logo se encontram com os ex-moradores da casa, os Langdons: Constance Langdon (Jessica Lange), e os dois filhos, Tate (Evan Peeters), e Addie (Jamie Brewer), e o desfigurado Larry Harvey (Denis O'Hare). Ben e Vivien tentam reacender  o relacionamento, com Violet sofrendo de depressão, e estando em conforto com Tate. Os Langdons e Larry frenquentemente influenciam a vida dos Harmons, e a família descobre que a casa é assombrada pelos fantasmas dos seus antigos habitantes.  


















Uma temporada bem viciante, intrigante e apaixonante. Quem assiste fica bem intrigado com as personagens, porque uma grande sacanagem da série é deixar-nos adivinhar quem está vivo. Mas talvez vocês tenham lido a sinopse e pensado "já vi isto em filmes" e eu garanto, não se precipitem. Para começar não é uma simples mansão assombrada, uma perspetiva que não foi mencionada na sinopse é que o grande clímax da temporada é o medo. E vocês? Do que vocês tem medo? Estamos a falar de medo que traga dor, angústia, pesadelos, arrependimentos, porque é esses artifícios que a casa usa, utiliza os prisioneiros para atingir os medos de cada um e é disso que a casa se alimenta e prende todos os que tentam sair. E acreditem quanto digo que ela faz o impossível para ninguém escapar, porque existe uma força muito maior que garante isso.


Ah, numa casa com pessoas aprisionadas é claro que ia ter romance, Tate e Violet, os depressivos da temporada, o casal mais adoravelmente adorável e o mais estranho possível, que aparece na série, ele que cometeu um terrível massacre no seu passado e ela que é a principal responsável pela escolha final de ficar com a casa, quando ouviu a história das mortes dos antigos moradores, coisa de adolescente rebelde: adora o perigo.






Mas falando em infidelidade, um dos principais temas da temporada, como ser fiel como uma empregada que para os homens se mostra em face de uma mulher jovem, cabelos vermelhos e extremamente sexy, porém para as mulheres uma senhora cega e indefesa. Acreditem, Ben tenta não trair a mulher, mas a amante e a empregada não lhe deixam em paz. A empregada argumenta ter esse poder porque afirma que "Os homens vêem o que querem ver", e dessa forma ela consegue ter as duas faces.
Mas a perseguição maior está em todo o mundo que já passou pela casa. No decorrer da série Vivien ainda engravida e sofre um estupro ficando grávida de gémeos de pais diferentes, e nem o bebe escapa, porque vários moradores da casa queriam ter um bebe e quem tem o bebe? Vivien.

Mas o que motiva cada vez mais a gostar de AHS é que não existem só vilões e heróis, existem pessoas injustiçadas e decepcionadas. A cada episódio uma família que morou na casa é apresentada, e no meio da série vocês já conseguem ligar todos eles, e é aí que nós vamos ficar loucos para chegar ao final e foi o que mais fiquei triste, a temporada aprisiona-te num vício inseparável, alucina-te até mostrar como será a felicidade deles para toda a vida. Muitos dos meus amigos gostaram, mas eu achei que o fim seria o fim de tudo. Quem fez este roteiro, deve saber que aquilo nunca foi um final feliz, eu esperava a libertação do sofrimento de tudo, porque ali as coisas voltam e na maioria das vezes não adianta dizer para eles irem embora, nem sempre eles irão. 


Boa leitura!

Até o próximo post!

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